Globetrotters no Brasil

Por: Filippe Gonçalves

Anderson Varejão disse na entrevista passada que o basquete está voltando ao gosto do público brasileiro e assim tende a aumentar os espetáculos dos mesmos pelas arenas do país. Um exemplo disso são os Globetrotters, os jogadores do time americano voltaram a fazer shows pelos ginásios tupiniquins, levando milhares de pessoas a assistirem o espetáculo mundialmente conhecido.

O blog CHUA, não ficou de fora e acompanhou todo o jogo dos astros estrangeiros. Assista abaixo dois vídeos exclusivos da apresentação dos Globetrotters no ginásio do Maracanazinho.



Estréia digna de um campeão da NBA

Por: Filippe Gonçalves
O site CHUA tem o orgulho de levantar a bola para o início de um lugar em que o foco é a bola laranja, em que tem como maiores ídolos, jogadores como Kobe Bryant, Oscar, Nenê Hilário, Lebron James, Leandrinho, entre tantos outros dessa nova geração do basquete mundial.

Para começar logo com uma cesta de três, uma entrevista exclusiva com o pivô, ídolo brasileiro Anderson Varejão, que se destaca a cada ano na NBA, jogando pelo Cleveland Cavaliers. O destaque é tanto, que o jogador tem até uma data comemorativa, em que todos os torcedores do time americano vão ao estádio vestindo uma peruca parecida com seu cabelo, além de participar de ações de marketing do time americano.

Na primeira parte da entrevista, Varejão falou sobre a atual situação do basquete brasileiro, sobre as expectativas para o mundial, que será disputado no segundo semestre e a nova postura dos clubes brasileiros na NBB, em que voltou a ter ginásios lotados e voltou ao cenário nacional com força.

O basquete no Brasil está passando por uma grande reformulação, com a NBB cada vez ganhando mais destaque e os campeonatos nacionais caindo no gosto dos torcedores. Qual o fator que está favorecendo esse crescimento do basquete de novo no Brasil?

Anderson Varejão - Tenho acompanhado o basquete brasileiro à distância, pela Internet e pelo que meus amigos falam, e acho que o ponto fundamental para isso tudo é organização. O basquete brasileiro está mais organizado e esse processo de reestruturação é fundamental para que o esporte volte a ser forte, para que esteja crescendo cada vez mais.

No último Campeonato Mundial, em 2006, o Brasil não teve uma boa participação ficando apenas na 19ª colocação geral, conseguindo apenas uma vitória sobre o Catar. Quais foram os erros cometidos naquela época que a seleção não pode fazer para não repetir a campanha ruim do último mundial?
- Muita coisa mudou de lá para cá, hoje a nossa equipe é mais experiente, mais isso serve, claro, de aprendizado para todos nós. Temos um grupo diferente hoje, o esporte está mais organizado, temos um planejamento mais bem definido, e tenho certeza de que a participação do Brasil no Mundial da Turquia será muito boa.

A seleção masculina está fora das Olimpíadas desde Atlanta-1996. Você acha que essa geração que está na seleção tem base para garantir classificação para os próximos Jogos?
- Sim. O Brasil precisa voltar às Olimpíadas e temos condições de classificar para Londres-2012. O nosso esporte merece estar de volta aos Jogos Olímpicos, sabemos o quanto é importante para a modalidade e para todos nós.


No mundial desse ano, o Brasil caiu no forte grupo B que tem EUA, Eslovênia e Croácia que são países favoritos para o título do mundial. No grupo também tem Irã e Tunísia que vão estrear em competições desse nível. Qual a expectativa da seleção para essa fase de grupos?
- Não temos que temer ninguém, temos que respeitar os nossos adversários, como eles vão respeitar nossa equipe também. Temos uma chave difícil, que tem os Estados Unidos, favoritos, sim, mas que será difícil para todos, não temos que temer ninguém, o Brasil tem um grupo capaz de chegar na Turquia e jogar de igual com todo mundo. Temos condições de estar brigando por uma medalha em Istambul, nossa idéia é essa, queremos estar entre os primeiros, estar entre os melhores, precisamos ter um bom tempo de preparação e um planejamento bem feito, e tenho certeza de que vamos fazer um grande Mundial.

Você teve grande sucesso no Barcelona, clube que jogadores brasileiros brilharam nos campos de futebol, como Romário, Rivaldo e Ronaldo. Qual foi a sensação de defender esse clube tão importante na Europa? Você chegou a ser comparado a algum dos jogadores de futebol na sua passagem pela Espanha?
- Não, nunca, a única comparação é com relação a ser brasileiro. O Barcelona é um clube espetacular, ter passado por lá foi maravilhoso para a minha carreira, pois foi de lá que eu tive condições de sair para ingressar na NBA. Lá fiz muitos amigos, tive uma relação muito bacana com os torcedores e me apaixonei pela cidade. É um dos maiores clubes do mundo e tenho muito o que agradecer a eles, pois fui muito feliz vestindo a camisa do Barça.

A entrevista de Varejão não parou por aí, aguardem a próxima parte da entrevista com o ídolo brasileiro, em que ele fala sobre a NBA e o sucesso dos brasileiros na Liga Americana.

Entrevista com Varejão - parte 2

Por: Filippe Gonçalves
Na segunda parte da entrevista com o pivô Anderson Varejão, do Cleveland Cavaliers , o jogador fala da experiência de jogar ao lado de grandes craques das quadras, além do sucesso dos outros brasileiros na Liga Americana de Basquete (NBA). Confira na íntegra a parte final da entrevista.

Um dos destaques da temporada da NBA é o “Varejão Day”, que a cada ano recebe mais e mais adeptos. Como começou a ter essa homenagem? Qual é a sensação de ver cada vez mais americanos apoiando um dia em sua homenagem?

- Começou como uma brincadeira e só acreditei quando entrei na quadra e vi aquelas milhares de pessoas usando a peruca. Foi uma sensação estranha, incrível, mas esquisita, parecia que, para onde eu olhava, havia um espelho. Fico feliz por isso tudo que vem acontecendo comigo, muito orgulho, porque é um reconhecimento ao meu trabalho, e isso só faz com que minha relação com os fãs e com a equipe seja cada vez mais próxima, mais intensa. Adoro os torcedores do Cleveland, aqui é a minha segunda casa e o 'Varejão Day' é a maior homenagem que já recebi.

Leandrinho tem lugar cativo no Suns, o Nenê a cada temporada se torna um dos pilares no Nuggets e você é um dos ídolos do Cleveland. Qual a fórmula para o sucesso desse trio brasileiro numa competição como a NBA?
- Trabalho, seriedade e empenho. Para vencer na NBA, é preciso mais do que gostar de basquete, é preciso ser profissional ao extremo, é preciso se encaixar, se adaptar ao sistema de jogo americano. O sucesso vem com o trabalho.

Qual a sensação de jogar ao lado de LeBron, considerado um dos melhores jogadores da NBA? E do Shaquille O’Neal considerado um dos melhores jogadores debaixo do garrafão? Com LeBron em quadra o jogo fica mais fácil?
- LeBron é um fora-de-série, um jogador excepcional, e Shaq é uma lenda, consagrado no esporte. É muito bom e mais fácil jogar ao lado de companheiros assim. Melhor ainda que estão na minha equipe. Mas, claro, com eles em quadra as coisas ficam menos complicadas, são dois jogadores inteligentes, respeitados e que fazem o nível da equipe subir e muito. Hoje o Cleveland é um time equilibrado, é uma das forças da liga e é respeitado, mas não porque tem LeBron e Shaq, e sim pela qualidade do seu jogo, por seus resultados e por ter um conjunto muito bom, que é a principal força do grupo.

Qual o jogador da NBA mais difícil de enfrentar? Dentro do garrafão, qual jogador que é mais difícil de vencer a disputa de um rebote?
- Um deles era o Shaquille, mas agora ele está do meu lado. Mas há outros grande jogadores, como Duncan, como Yao Ming, que está fora da temporada, como o próprio Nenê, que está tendo uma grande temporada, Bynum, Rasheed Wallace, Kevin Garnett, Dwight Howard... Aqui na NBA não há jogador mais difícil, há excelentes pivôs, excelentes alas e a vida no garrafão na NBA é muito difícil.

O que falta para mais brasileiros brilharem na NBA?
- A NBA vem sendo um lugar bom para os brasileiros, já tivemos cinco atletas na mesma temporada, quando Alex e Baby estavam por aqui, e temos muitos jovens aqui no basquete universitário, o que nos dá a certeza de que outros brasileiros vão estar entrando no Draft nos próximos anos.

Ano passado, você organizou o jogo das estrelas no Maracanãzinho, trazendo vários jogadores da NBA. Você pretende fazer mais eventos desse nível, fazendo os torcedores brasileiros verem de perto seus ídolos estrangeiros?
- Sim, fizemos o primeiro e foi maravilhoso. Queremos fazer também neste ano, de 2010, e estamos conversando já com alguns atletas, estamos já desenhando como será o evento. Fiquei muito feliz, muito satisfeito com o que aconteceu no Maracanãzinho e espero que a gente consiga fazer uma festa ainda mais bonita este ano.

Pra terminar, na sua opinião, qual é o melhor jogador brasileiro atualmente e qual é o melhor jogador da NBA?
- O melhor brasileiro? Acho que todos estão muito bem, com espaço e importância em suas equipes, mas eu vou votar em mim, né? Brincadeira, acho que eu, Leandro e Nenê estamos muito bem e isso é ótimo para o nosso basquete. O melhor da NBA? LeBron James, para mim é o melhor jogador de basquete do mundo.